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O autismo pode estar ligado ao mutismo seletivo?

O autismo pode estar ligado ao mutismo seletivo?

O mutismo seletivo é um desafio que muitas crianças enfrentam e que exige paciência, apoio e compreensão de todos ao redor.
mutismo seletivo
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Você já ouviu falar de mutismo seletivo? É um daqueles nomes que parecem complicados, mas que, no fundo, descrevem algo que pode ser bem comum para algumas crianças.

E você sabia que ele pode ter uma ligação com o autismo? Hoje vamos entender um pouco melhor sobre isso e descomplicar o que muitas vezes parece um mistério!

O que é mutismo seletivo?

O mutismo seletivo é um transtorno de ansiedade que faz com que a criança simplesmente não consiga falar em certas situações.

Em casa, com a família, tudo pode parecer normal: ela fala, se expressa, conta histórias… mas em ambientes como a escola, ela se fecha e não diz uma palavra. Isso acontece não porque ela não sabe falar, mas porque a ansiedade trava a comunicação.

Imagina ter uma conversa tranquila com seus pais em casa, mas quando chega na escola, parece que as palavras somem e você não consegue dizer nada.

É mais ou menos isso que acontece com quem tem mutismo seletivo. E, apesar de não falar, a criança geralmente se comunica de outras formas, como com gestos, expressões faciais, ou até escrevendo.

Qual a ligação com o autismo?

Então, qual é a relação disso tudo com o autismo? Apesar de serem condições diferentes, mutismo seletivo e autismo podem andar juntos.

Muitas crianças autistas têm dificuldades para se comunicar e lidar com situações sociais, e isso também pode levar ao mutismo seletivo. Estudos mostram que até 30% das crianças autistas podem apresentar mutismo seletivo em algum momento.

Basicamente, tanto o autismo quanto o mutismo seletivo envolvem ansiedade e dificuldades na interação social.

A diferença é que no autismo as dificuldades de comunicação são mais amplas, enquanto no mutismo seletivo o problema aparece em situações específicas, como na escola ou em locais públicos.

Crianças autistas podem ter mutismo seletivo como uma resposta ao desconforto e à sobrecarga sensorial em ambientes sociais.

Como tratar o mutismo seletivo?

O tratamento do mutismo seletivo não é um caminho único e rápido, mas, com o suporte certo, os resultados podem ser incríveis!

Em geral, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é muito eficaz para ajudar a criança a lidar com a ansiedade.

Nessa terapia, a criança aprende, aos poucos, a enfrentar os medos e a ganhar confiança em situações desafiadoras.

Além disso, o apoio de um fonoaudiólogo é fundamental. Ele vai criar um ambiente seguro para a criança e trabalhar estratégias que incentivem a comunicação de forma gradual e divertida.

Por exemplo, pode começar pedindo para a criança sussurrar em certas situações, até que ela se sinta confortável para falar normalmente. O importante é que tudo seja feito no ritmo da criança, sem pressão.

Os pais e professores também têm um papel super importante no tratamento. É essencial que todos compreendam o que está acontecendo e saibam como ajudar.

Ter paciência, não forçar a criança a falar, e oferecer estímulos positivos são formas de apoiar esse processo.

Mutismo seletivo tem cura?

A palavra “cura” talvez não seja a melhor aqui, mas o mutismo seletivo pode ser superado! Com o tratamento certo e muito apoio, a criança pode aprender a lidar com o medo e a ansiedade que a faz ficar em silêncio.

Aos poucos, ela vai ganhando confiança e se sentindo mais segura para falar em diferentes lugares. Cada progresso, por menor que seja, é uma vitória enorme.

O objetivo é dar para a criança um ambiente onde ela se sinta segura para ser ela mesma, sem medo do julgamento ou da pressão.

Com tempo e suporte adequado, muitas crianças conseguem superar o mutismo seletivo e se comunicar livremente em situações que antes eram assustadoras.

O mutismo seletivo pode ser um desafio grande, especialmente quando ligado ao autismo, mas com paciência e o suporte certo, é possível avançar bastante.

Lembre-se, cada criança tem seu tempo, e o mais importante é garantir que ela se sinta amparada e segura para se desenvolver.

O apoio de terapeutas, família e professores é essencial nessa jornada.

Aos poucos, aquela barreira de silêncio pode ser transformada em uma voz cheia de histórias para contar!

Veja nosso blog –→ Você sabe a ligação entre autismo e estereotipias?

Foto de Valdemir Alexandre

Valdemir Alexandre

NEUROPSICÓLOGO - CRP 06/12.562.0

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