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Importância da disfunção executiva para o autismo

Importância da disfunção executiva para o autismo

Aprenda sobre a disfunção executiva, como ela afeta crianças autistas e veja dicas práticas para ajudar no desenvolvimento de habilidades executivas.
Disfunção executiva
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Você sabia que a disfunção executiva pode ter um impacto enorme na vida das crianças com autismo? A função executiva está envolvida em praticamente tudo o que fazemos, desde planejar o dia até executar ações mais simples.

Quando há dificuldades nessa função, dizemos que há uma disfunção executiva. Vamos entender mais sobre o que isso significa e por que é tão importante para quem está no espectro autista.

O que é disfunção executiva?

A disfunção executiva é, basicamente, uma falha nas funções que nos ajudam a planejar, controlar, organizar e concluir ações. É como se o “centro de comando” do cérebro tivesse dificuldades para organizar e executar tarefas. Isso pode afetar tanto crianças, adolescentes quanto adultos.

Para muitas pessoas autistas, a disfunção executiva está ligada à dificuldade em realizar ações em sequência, controlar impulsos e mudar de uma tarefa para outra.

Por exemplo, alguém pode começar uma tarefa e não conseguir terminar ou ter problemas em gerenciar o próprio tempo e seguir uma rotina diária.

O que é disfunção executiva no autismo?

No autismo, a disfunção executiva se manifesta de várias formas. Pode ser difícil para a pessoa entender o que os outros estão pensando ou até mesmo manter o foco por um longo tempo.

É comum que crianças no espectro tenham problemas para organizar as atividades do dia, como tarefas escolares, cuidar da higiene ou até mesmo arrumar o quarto.

Estudos mostram que, em muitos casos, as dificuldades nas funções executivas podem ser mais evidentes do que os problemas de comunicação ou habilidade social. E é aí que entra a importância de trabalhar essas habilidades, para que a criança ganhe autonomia e consiga desenvolver uma rotina mais organizada e independente.

A disfunção executiva na sala de aula

Na escola, a disfunção executiva pode ser um desafio extra para crianças autistas. Imagine tentar prestar atenção na aula, mudar o foco entre matérias diferentes, organizar as tarefas e se lembrar de tudo que precisa ser feito, isso pode ser bastante complicado.

Às vezes, por falta de compreensão, essas crianças são vistas como “preguiçosas” ou “desatentas”, o que não é verdade.

Para ajudar essas crianças, é essencial que professores e pais trabalhem juntos. Uma boa dica é usar suportes visuais, como calendários ou listas de tarefas, que ajudam a criança a entender e lembrar do que precisa ser feito.

Além disso, quebrar as tarefas em passos menores e mais gerenciáveis pode tornar as coisas mais simples e menos assustadoras. Por isso é muito importante que a inclusão escolar.

Sinais e sintomas da disfunção executiva

Entenderemos melhor alguns dos sinais e sintomas que mostram que uma criança pode ter disfunção executiva:

  • Problemas para começar ou concluir tarefas;
  • Dificuldade em mudar de uma atividade para outra ou de focar em algo novo;
  • Problemas para seguir uma sequência de instruções;
  • Dificuldade em antecipar as consequências de suas ações;
  • Falta de controle sobre impulsos e emoções.

Essas dificuldades podem afetar a vida da criança de várias formas, tornando a rotina mais difícil. Por isso, é importante ficar atento aos sinais e buscar apoio profissional.

Como ajudar autistas com problemas nas funções executivas?

Aqui vão algumas dicas para ajudar crianças autistas a desenvolver habilidades de função executiva:

  • Busque terapias e intervenções de qualidade: um profissional especializado pode ajudar muito a desenvolver estratégias específicas para cada criança, potencializando o aprendizado e a independência. Procure por uma equipe multidisciplinar ou um terapeuta;
  • Visualização em casa: use calendários e listas de tarefas para ajudar a criança a se organizar. Isso pode ser um grande suporte;
  • Quebre as tarefas em etapas menores: dividir tarefas em passos pequenos pode facilitar o entendimento e ajudar a criança a concluir cada parte com sucesso;
  • Estabeleça uma rotina: uma rotina previsível pode ajudar a reduzir a ansiedade e facilitar a transição de uma atividade para outra;
  • Ajude, mas não faça por ela: resista à vontade de fazer tudo pela criança. Ofereça suporte, mas incentive a independência.

A disfunção executiva pode trazer desafios importantes para crianças com autismo, especialmente na hora de planejar, organizar e controlar suas ações. Entender esses desafios é o primeiro passo para poder ajudar essas crianças a prosperar.

Cada criança é única, e as estratégias de apoio devem ser adaptadas às suas necessidades. Com paciência, apoio e os recursos certos, as crianças no espectro podem desenvolver habilidades de disfunção executiva e alcançar seu pleno potencial.

Foto de Valdemir Alexandre

Valdemir Alexandre

NEUROPSICÓLOGO - CRP 06/12.562.0

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