O dia do autismo, marcado em 2 de abril, é um chamado para refletir, informar e incluir. Essa data nasceu da necessidade de dar visibilidade a uma parte da população que ainda enfrenta muito preconceito e falta de acesso.
Ainda tem gente sem diagnóstico, sem apoio nas escolas, sem espaço no mercado de trabalho. E muita desinformação continua espalhada, como se o autismo fosse doença, ou algo que precisa ser corrigido. O dia existe justamente para mudar isso. Reforçar que autismo não é doença é importante para combater o preconceito.
Mais do que uma data no calendário, ele é um ponto de partida para transformar atitudes. O autismo não tem um padrão. Cada pessoa no Transtorno do Espectro Autista vive o mundo do seu jeito, com formas únicas de sentir, aprender e se comunicar.
Por isso, o dia do autismo precisa sair do discurso e virar prática. Respeito, escuta e inclusão não podem durar só 24 horas. Eles têm que estar presentes todos os dias, em todas as relações.
Por que 2 de abril é o dia do autismo?
A escolha do dia 2 de abril não foi aleatória. Em 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a criação do Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo.
A ideia era ter uma data oficial para incentivar governos, instituições e a sociedade a falarem mais sobre o tema, com foco em informação e respeito.
Desde então, o dia ganhou reconhecimento global. Monumentos famosos como o Cristo Redentor, a Torre Eiffel e o Empire State já foram iluminados nessa data para apoiar a causa.
Mais do que um símbolo, essa data lembra que o autismo ainda é pouco conhecido e que há muitos desafios para garantir os direitos das pessoas no espectro.
O símbolo do autismo vai além das cores e representa toda uma comunidade.
É preciso esforço contínuo, políticas públicas efetivas e conscientização constante para promover a inclusão.
Por que o azul é a cor do autismo?
O azul virou a cor símbolo do da do autismo por causa de uma campanha global chamada “Light It Up Blue” (Ilumine de Azul), criada pela organização Autism Speaks em 2007.
A ideia era usar uma cor que transmitisse calma e confiança para chamar a atenção das pessoas para o autismo.
O azul também representa o céu e a água, elementos que inspiram tranquilidade, algo importante para muitas pessoas autistas que sentem o mundo com mais intensidade.
Mas é importante lembrar que essa cor não representa todo mundo no espectro, e nem todas as comunidades autistas apoiam o uso exclusivo do azul.
Alguns preferem o uso de várias cores para mostrar a diversidade do autismo, como na bandeira do espectro autista, que tem várias cores e formas.
Ainda assim, o azul se popularizou porque ajuda a criar um ponto de união em campanhas de conscientização, principalmente no Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo.
O que dizer no dia do autismo?
No dia do autismo, o mais importante é falar com respeito e sem estereótipos. Você não precisa saber tudo sobre o autismo, mas pode começar reconhecendo que cada pessoa autista é única e merece ser ouvida.
Evite dizer que autismo é doença, que precisa ser “curado” ou que é algo triste. Essas ideias só aumentam o preconceito. O ideal é reforçar que o autismo é uma diferença, um jeito de ser e estar no mundo.
Uma boa forma de se posicionar é mostrar apoio às famílias e às pessoas autistas. Frases simples como “Respeito e inclusão para todos” ou “Autismo é diversidade” já ajudam a mudar o olhar de quem está à sua volta.
Se quiser ir além, compartilhe informações confiáveis, participe de eventos ou ajude a divulgar ações que promovem inclusão.
É importante entender como uma pessoa com autismo enxerga o mundo para promover verdadeira inclusão.
Qual é o objetivo do Dia Mundial da Conscientização sobre o autismo?
O principal objetivo dessa data é fazer com que o autismo seja entendido pela sociedade de forma clara e sem preconceitos. É um momento pra que governos, escolas, empresas e pessoas comuns percebam a importância de criar espaços inclusivos para todo mundo.
Mais do que conscientizar, o dia incentiva a criação de políticas públicas que garantam direitos reais, como acesso ao diagnóstico, à educação adequada e ao mercado de trabalho.
Também serve para reforçar que incluir não é só permitir que pessoas autistas estejam presentes, mas oferecer apoio, entender suas necessidades e valorizar suas potencialidades.
No fim das contas, o dia do autismo é para ajudar a construir uma sociedade onde as diferenças sejam respeitadas e celebradas.