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Você já se perguntou se o autismo tem cura?

Você já se perguntou se o autismo tem cura?

Saiba se o autismo tem cura: descubra equívocos comuns e como apoiar pessoas autistas, entendendo suas necessidades e identidades.
O autismo tem cura
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O autismo é uma condição neurodesenvolvimental que pode causar dificuldades de comunicação em contextos sociais e levar a comportamentos repetitivos.

Conversas sobre autismo frequentemente se concentram em crianças autistas, mas muitos se questionam sobre a prevalência do autismo leve em adultos e se o autismo tem cura.

Embora a apresentação do autismo possa mudar, uma pessoa não “supera” o autismo.

O autismo tem cura? Uma nota sobre pessoas neurodivergentes

PontoDescrição
CuraNão existe cura para o autismo, e muitas pessoas na comunidade autista não sentem a necessidade de uma.
NeurotipoO autismo é reconhecido como um neurotipo, não uma deficiência ou condição que precisa ser curada.
ComunicaçãoPessoas neurodivergentes, incluindo as autistas, podem se comunicar de maneiras diversas.
ExemplosEvitar o contato visual e mexer-se constantemente pode ajudá-las a se concentrar melhor ou se sentir mais confortáveis em conversas.
AceitaçãoEssa aceitação é essencial, pois questionar se o autismo tem cura desconsidera a identidade da pessoa autista.

Como o autismo pode mudar ao longo do tempo

Todas as pessoas, incluindo as neurotípicas, crescem e se desenvolvem em ritmos diferentes ao longo de suas vidas.

E porque o autismo existe em um espectro, o comportamento de uma pessoa não pode ser comparado com o de outra.

Algumas pessoas autistas podem desenvolver diferentes habilidades de enfrentamento à medida que envelhecem.

Por exemplo, preferências de estereotipias (stimming) podem mudar conforme a pessoa encontra novas maneiras de se autoacalmarem. Autismo e estereotipias podem muitas veze estar ligados um ao outro.

Entretanto, isso não significa que o autismo tem cura, mas sim que a pessoa está encontrando novas formas de se adaptar ao mundo ao seu redor.

Aceitar o autismo como uma identidade

Questionar se uma pessoa autista “superará” seu distúrbio é potencialmente prejudicial e não reconhece o autismo como parte de sua identidade.

Pessoas autistas não devem sentir que precisam mudar, e colocar essa expectativa nelas pode suprimir um aspecto fundamental de sua personalidade.

Aceitar o autismo como parte da identidade de uma pessoa significa apoiar seus pontos fortes únicos em vez de tentar mudar seu comportamento.

A ideia de que o autismo tem cura pode levar à expectativa irreal de mudança e não reconhece a necessidade de aceitação e apoio.

Diagnósticos errados

O diagnóstico errado de autismo pode ocorrer se os sintomas externos forem menos visíveis.

Em alguns casos, uma pessoa autista pode ser diagnosticada erroneamente com outra condição.

Por exemplo, muitas meninas e mulheres são diagnosticadas com ansiedade e TDAH quando são, na verdade, autistas.

Como resultado de diagnósticos incorretos, pessoas que podem estar no espectro do autismo não recebem o suporte e o cuidado de que precisam.

Isso pode acontecer porque se acredita erroneamente que o autismo tem cura, levando a diagnósticos e tratamentos inadequados.

Leia nosso blog sobre –→ Diagnóstico errado de autismo: quão comum é?

A importância do suporte contínuo

Para que pessoas autistas possam prosperar, é crucial que recebam suporte adequado ao longo de suas vidas.

Isso inclui acesso a terapias para autismo especializadas, acomodações no ambiente de trabalho e escolar, e uma rede de apoio que entenda suas necessidades únicas.

Embora algumas habilidades possam mudar e evoluir com o tempo, isso não significa que o autismo tem cura.

Em vez disso, é uma adaptação contínua que requer compreensão e aceitação.

A expectativa de que alguém “superará o autismo” pode ser prejudicial e fazer com que a pessoa autista mascare ou esconda quem realmente é.

Um diagnóstico preciso de autismo não mudará ou desaparecerá com o tempo.

No entanto, à medida que a pessoa neurodivergente continua a envelhecer e se desenvolver, sua interação com o mundo também muda, assim como acontece com indivíduos neurotípicos.

Sistemas de suporte adequados e acomodações podem ajudar no desenvolvimento saudável e na exploração da identidade de uma pessoa autista.

Ter terapias especializadas pode ajudar as pessoas autistas a aprenderem mais sobre suas habilidades de enfrentamento, como trabalhar com suas estereotipias ou lidar com comorbidades de saúde mental.

Portanto, em vez de perguntar se o autismo tem cura, devemos focar em como apoiar melhor as pessoas autistas em suas jornadas únicas.

Lembre-se: você não está só!

Foto de Valdemir Alexandre

Valdemir Alexandre

NEUROPSICÓLOGO - CRP 06/12.562.0

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