Hoje, quero conversar com você, de forma gentil e clara, sobre uma condição que afeta tantas vidas ao nosso redor, a bipolaridade. Vamos também responder perguntas como se “bipolaridade é hereditária” ou “quais são os seus sintomas”.
Imagine acordar um dia sentindo-se capaz de conquistar o mundo inteiro, com energia para mover montanhas, e depois, sem aviso prévio, se ver mergulhado em um oceano de tristeza tão profundo que até respirar parece difícil.
Esta é a realidade de quem convive com a bipolaridade – um desafio muito maior do que simples mudanças de humor.
O que é bipolaridade?
A bipolaridade, também conhecida como transtorno bipolar, é um transtorno psiquiátrico caracterizado por mudanças intensas e cíclicas de humor. É como se o controle das nossas emoções não estivesse mais em nossas mãos.
Diferentemente da ideia popular de simplesmente “ser instável”, esse transtorno representa uma condição médica séria que impacta significativamente a vida de quem o possui.
Neste transtorno, a pessoa experimenta períodos alternados de episódios maníacos e depressivos, que podem durar semanas ou até meses.
Essas oscilações não são apenas “mudanças de humor” comuns, mas sim alterações profundas que comprometem o funcionamento social, profissional e pessoal do indivíduo. Mas será que bipolaridade é hereditária? Vamos ver mais sobre isso em breve.
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Sintomas da bipolaridade
Durante os episódios maníacos, a pessoa pode vivenciar uma energia quase sobre-humana. Imagine alguém com ideias grandiosas, falando rapidamente, com projetos ambiciosos e uma sensação de onipotência.
Nessa fase, é comum o indivíduo tomar decisões impulsivas, gastar excessivamente ou se envolver em comportamentos de risco.
Já nos episódios depressivos, o cenário é completamente oposto. A pessoa mergulha em uma tristeza profunda, perdendo o interesse por atividades que antes lhe davam prazer.
O sono pode ser excessivo ou inexistente, o apetite se altera e sentimentos de desesperança tomam conta.
Qual o comportamento de uma pessoa bipolar?
Se você conhece alguém com bipolaridade, talvez já tenha notado como seu comportamento pode variar drasticamente.
Em momentos de mania, essa pessoa pode ser a alma da festa, cheia de criatividade e energia contagiante.
Mas durante a depressão, pode se isolar completamente, como se um muro invisível a separasse do resto do mundo.
Bipolaridade é hereditária?
A genética desempenha um papel fundamental na bipolaridade. Podemos considerar que bipolaridade é hereditária pois a genética pode influenciar para que alguém tenha o transtorno, mas não determina completamente.
Estudos científicos demonstram que quando ambos os pais são portadores, esse risco pode aumentar. Porém não há uma média exata.
Não significa, porém, que uma pessoa com histórico familiar inevitavelmente desenvolverá a condição. Fatores ambientais, estresse e eventos traumáticos também podem contribuir para o surgimento do transtorno.
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Tratamento para bipolaridade
O tratamento da bipolaridade envolve muitas áreas e profissionais e é individualizado. Precisa de uma base sólida e diferentes elementos trabalhando em harmonia.
Os medicamentos podem ajudar a estabilizar o humor. A psicoterapia oferece proteção e estrutura para lidar com os desafios diários.
Uma das formas mais recomendadas é a terapia cognitivo-comportamental que busca entender e mudar pensamentos disfuncionais, ela tem se mostrado especialmente eficaz no auxílio aos pacientes.
O acompanhamento médico contínuo é essencial. Cada pessoa responde de maneira diferente aos tratamentos, sendo fundamental a parceria entre paciente, família e profissionais de saúde mental.
Ter bipolaridade não é uma sentença de infelicidade eterna. Com o tratamento adequado e uma rede de apoio compreensiva, é possível viver uma vida plena e significativa.
Cada pessoa tem seu próprio ritmo de recuperação e adaptação, e isso precisa ser respeitado e celebrado. O primeiro passo é sempre o mais difícil, mas buscar ajuda é um ato de coragem e amor próprio.
Com compreensão, tratamento adequado e apoio, é possível escrever uma história de superação, crescimento e esperança. Você é muito mais do que seu diagnóstico, e há sempre luz, mesmo nos dias mais escuros.